terça-feira, 24 de julho de 2012

5 Sinais que é Hora de se Casar

Por:


22 de setembro de 2011


  Já falei de meus desastrosos relacionamentos em algumas de minhas colunas, e sempre que eu falo , recebo dúzias de mensagens de pessoas pedindo para entrar em mais detalhes. Não que eu seja algum especialista -- é mais como quando você vê um cara sair correndo e gritando da floresta, coberto de abelhas, e você pergunta a ele onde está a colméia, para que possa evitá-la.


Assim, a dúvida mais comum que recebo (além de "Pode por favor parar de mandar fotos da sua piroca?") é "Como eu sei que essa é a certa?", que eu acho que é uma forma disfarçada de perguntar "Como eu posso evitar o divórcio infernal que assombra suas memórias?"


Bem, se você quer evitar as abelhas, eu diria para sempre ter em mente...

#5. Vocês não precisam ficar impressionando um ao outro

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Se você tentar pegar no colo 49 gatos de rua, e todos cravarem suas garras no seu braço, você vai acreditar que o 50° vai também. Mesmo se estiver ronronando e se esfregando nos seus calcanhares, você vai por as mãos no bolso e chutar o puto como um pênalti em final de Copa do Mundo.



Já que muitos de nós não encontra o "amor verdadeiro" na primeira tentativa, somos fadados a tentar vez após vez de conhecer gente que não é digna nem da mala do nosso carro, que dirá do nosso espaço pessoal, emocional. Após um tempo, associamos namoro com sofrimento... e embora não possa falar pelas mulheres, sei que os homens tendem a se fechar emocionalmente para evitar a dor. Eles constroem uma versão falsa de si mesmos para mandar nos encontros em seu lugar, aprendendo a fingir até as conversas triviais com o objetivo de formar um tapete de calcinhas no pé da cama.
 
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Funciona sempre, querida.
 
O problema é que se você se fecha para cada pessoa que conhece, as chances de passar direto por aquela de fato compatível com você é próxima de 100%.
 
Cada mulher com a qual me envolvi desde meu divórcio, vários anos atrás, sentia a barreira invisível por trás de minhas brincadeiras. Era tudo um teatro. As mulheres podem chegar até a varanda, mas se quiserem ver a sala, tinham que olhar pela janela.
 
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Quê? Não me recrimine.
Tente Isto:
 
Existem diversas formas de fazer, mas o  resultado precisa ser o mesmo: você chegando na etapa onde pode falar das piores partes de si mesmo e não julgar o outro quando ele/ela faz o mesmo. É por isso que conhecer pela internet dá certo para algumas pessoas -- elas acham mais fácil ser abertas e honestas com alguém que não precisam olhar nos olhos. Outras pessoas tentam se envolver com alguém de quem já são amigos -- eles estavam na festa onde você acidentalmente se borrou na escola, logo não há a necessidade de fingir ser galã. Ou talvez você fique com alguém tempo suficiente para essas barreiras caírem uma por uma, contra sua vontade.
 
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Ainda não superei aquele dia que ela me viu sem camisa.
  
No meu caso em particular, três anos atrás eu conheci uma mulher chamada Creuza Chutassaco (que em nome da privacidade chamaremos de "Emily"), mas não numa situação romântica. Éramos apenas duas pessoas fazendo piadas de piru na net, sem intenção alguma de se envolver e nem mesmo paquerar, por sinal. Já que não tínhamos nada disso em jogo, não precisávamos nos preocupar em nos censurar ou usar nossa "voz sedutora". Poderíamos jogar limpo como dois amigos contando piadas babacas -- deixando aparecer cicatrizes emocionais e tudo mais. Nenhum assunto é proibido em conversas assim; as velhas adicções, relacionamentos horrendos, os vícios e as fotos infantis constrangedoras (as dela vinham completas com pôsteres de boybands na parede do quarto, enquanto as minhas vinham do tempo em que eu estava numa boyband). Prosseguiu daí. Estamos vivendo juntos por dois anos já, e nem uma vez um de nós sequer pensou que poderia não ser o certo a se fazer.


Obviamente o que deu certo para mim não funciona para todo mundo -- não tenho dúvida que existem caras que conhecem garotas em boates e/ou orgias à fantasia que, com o tempo, derrubam essas barreiras e de fato começam a ser honestos com a pessoa que estão usando, ao invés de se relacionando. O ponto é que você precisa passar da fase onde o sucesso do relacionamento depende do quão bem vocês conseguem esconder suas falhas um do outro.


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"Não, não tem nada errado com meu nariz, por que a pergunta?"

Claro que isso envolve um certo nível de confiança, o que significa...

#4. Vocês aprenderam a confiar

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Perdi a conta de quantos amigos meus eu vi entrarem em crise de ciúmes por que suas esposas disseram que iam ao shopping 45 minutos atrás, enquanto normalmente levam só 43 minutos. Eles sabem que ela está dando para outro cara. Mesmo que ela volte com um carro cheio de compras e uma nota fiscal com data e hora, eles conseguem sentir o cheiro das pirocas extras nela.
Eu era assim. Minha ex trabalhava como garçonete num bar pé-sujo. Antes de sair, ela botava maquiagem... que ela nunca usava quando não trabalhava. Eu olhava seu top decotado, e tinha absoluta certeza que antes do final da noite, ela estaria dando para algum cara bem em cima do balcão. Algumas noites eu a obrigava a trocar de roupa.
 
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"Não, você não vai se vestir de fruta novamente. Vai se trocar."

Isso costumava ser motivo de brigas sérias porque minha reação basicamente dizia "não confio em você". E não confiava. Mesmo que a diferença entre gorjetas de $ 20 ou $120 fosse mostrar um pouco mais de decote, ou que isso fosse parte do trabalho, da mesma forma que meu trabalho envolve eu falar da minha pica.

Tente Isto:

Você não nasceu com a habilidade de confiar -- quando recém nascido, você chorava a plenos pulmões assim que Mamãe saía do recinto, temendo ser abandonado. Confiança é um aprendizado. Nunca tive razão para confiar em alguém em minha juventude, logo minha reação padrão era assumir o pior. Ela está trabalhando até tarde? Tá, trabalhando é o pau de alguém! Saindo para ver os amigos? Tá mais para sair levando surra de piru nas tetas! O histórico real da pessoa não tem nada haver com isso.
 
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"Preciso desligar. Não, não estou dando pra ninguém na frente das crianças."

Não foi até conhecer Emily que me senti realmente seguro, e isso tem haver com a abertura da qual falei acima. Quando alguém abre o jogo da forma que nós abrimos, você não imagina que haja espaço para ocultar mais nada. Se ela se abriu tanto comigo, ela não poderia esconder nada mesmo que quisesse. Assim se ela me disser que precisa passar uns dias num lugar secreto por um motivo oculto, vou aceitar numa boa.
Ela adquiriu essa confiança, e eu sou homem suficiente para dá-la.


E não me venha contar nos cometários daquela vez que a disconfiança valeu a pena ("Ela me disse que trabalhava 10 meses no ano como inspetora de piroca de porta em porta, mas eu suspeitava que ela estivesse tento um caso e EU ESTAVA CERTO!"). O que quero dizer é que com essa desconfiança, o relacionamento está condenado ao fracasso de qualquer jeito. Ou ela não é digna de confiança, ou você não conseguiu baixar sua guarda mesmo quando ela é.

#3. Vocês Ficam Amigos (em Algum Momento)

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Quando eu era mais novo, costumava pensar que era impossível ser amigo de alguém que você namora. A amizada ia matar o romance, não é? Já que amizade é fazer coisas monótonas junto, e romance é transar no capô de um Opalão com Def Leppard tocando no rádio...

Mas nos últimos anos eu percebi que cada relacionamento que dá certo tem esse ponto em comum: se você elimina a conexão romântica, essas duas pessoas vão continuar juntas como se nada tivesse mudado. Bem, exceto pelo sexo sujo e depravado...
 
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"Só checando piolhos, camarada."
 
Nunca fui amigo nos relacionamentos passados porque eu colocava o "frio na barriga" em primeiro lugar, e a possibilidade de mãos nos peitos em segundo. Não lembro de uma terceira prioridade nessa lista. Quando eu estava com alguma mulher, eu dizia o que eu achava que elas queriam que eu dissesse. Se elas não ligassem para meus hobbies, eu nem os mencionava. Modificava meu distorcido senso de humor ao redor delas de modo a ser qualquer versão aguada que eu imaginava que elas achassem aceitável. Em todos os níveis nossa conexão era forçada.
 
Tente Isto:
 
Não dá para o relacionamento dar certo a menos que vocês de fato apreciem a companhia não sexual um do outro. Se isso soa como conselho óbvio e ululante, então você não imagina o enorme número de casados que não o seguiram antes de ir comprar as alianças.
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"Te odeio tanto que me dá até uma ereção."
 
E poooor favor note que quando falo em aproveitar a companhia da menina, eu não me refiro aquela adoração cega onde você pensa que ela é uma fada encantada, onde você sente frio na barriga cada vez que ela passa e começa a se derreter cada vez que ela peida. Algumas músicas dizem que é esse o negócio ("Every Little Thing She Does is Magic"? Vai se fuder, Sting, suas músicas são cheias de péssimos conselhos). Se você ainda está no modo "Every Little Thing She Does is Magic", você ainda nem conhece essa pessoa. Você ainda a está tratando como trataria uma celebridade, projetando numa pessoa real fantasias que só existem na sua cabeça. Qualquer um que ainda esteja sentindo o frio na barriga depois de cinquenta anos de casado precisa seriamente ver um gastroenterologista porque tem alguma coisa dando merda que precisa ser resolvida o quanto antes.


Não quero dizer que vocês precisem começar como amigos e partir a trepar daí -- isso leva a muitas amizades terríveis onde a garota pensa que ela tem um bom amigo homem e o cara pensa que ele a está aproximando cada vez mais do seu pau. Essa amizade nunca é verdadeira porque ambos têm idéias completamente diferentes do que está acontecendo.
 
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E nenhuma dessas idéias vai dar em um orgasmo que não seja solitário.
 
Mas isso funciona para alguns e deu certo comigo. Eu era amigo da Emily primeiro e não apenas rotineiramente soltava cada piada retardada sobre piroca que aparecia na minha cabeça, como nossa amizade inteira era baseada nisso. Por exemplo, uma das minhas buscas criativas mais apaixonadas na vida é jogar  jogos de esportes e pensar em nomes obscenos para os jogadores. Ela se juntou a mim em horas à frente do editor de personagens do NBA 2K, criando o armador "Fodêncio Bundeiro" e pivô "Picagada Merdinbuca," rindo até perder o fôlego.

Ela me fez sentar e assistir Battlestar Galactica completa (e eu sou um cara que ficou quase uma década sem ver TV). Gostávamos da companhia, isso que quero dizer.
 
E quanto aquela idéia que as pessoas tem, que sexo e amizade são coisas separadas, é difícil explicar, mas é um tipo diferente de amizade, uma onde o sexo pode surgir a qualquer momento. Talvez precisemos de uma palavra para designar (e algo que soe menos cínico que "compatibilidade"). Mas não importa do quê você chame, essa ligação é o centro do relacionamento. Não o sexo, não o romance. E não é apenas a capacidade de tolerar um ao outro no intervalo entre as coisas legais.
 
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"Que parte você não entendeu? Quando não estivermos fodendo, você arranja outro quarto."

#2. Nenhum de Vocês está em Devendo Nada ao Outro

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Parece superficial dizer que dinheiro é a segunda coisa mais importante num casamento -- os mais românticos dirão que, se o amor era tão frágil que as finanças puderam arruiná-lo, então talvez já estivesse condenado desde o início. Mas se você não for realista agora, vai acabar na mesma situação que eu seis anos atrás.


Eu trabalhava um emprego de merda, e minha ex não trabalhava. Nosso terceiro e último filho acabara de nascer, e estávamos percorrendo a lista de amigos para ver quem poderia nos emprestar dinheiro suficiente para manter a eletricidade funcionando. Era algo rotineiro em nossas vidas, pois não só vivíamos muito abaixo da linha da pobreza, como também não sabíamos orçar o pouco dinheiro que tínhamos -- minha ideia de orçamento era me certificar de ter cerveja na geladeira em todos os momentos. Mas aqui está a pegadinha: não era a casa e o carro de merda que desgastava a relação. Era o estresse. As discussões frequentes, o jogo de empurrar a culpa um no outro.
 
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"Ei, a menos que você tenha um walkthru nessa pilha, vaza."
 

O dinheiro só trouxe a tona toda nossa desconfiança, essa suspeita constante que um de nós não estava fazendo sua parte.

Tente isto: 

"Fazendo sua parte". Esse é o problema.
 
Não imagine seu relacionamento como divisão de tarefas. É mais como duas pernas carregando uma pessoa.
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... peraí, eu tava falando de quê mesmo? Ah é, pernas.
 
Se você quebra um dedo, suas pernas não discutem o fato de que uma delas o está fazendo mancar. Você só altera o passo e segue em frente.

É difícil pra cacete se imaginar como duas pernas. Se, digamos, você está trabalhando e o outro não, ou se trabalha mais tempo, é fácil pensar que o dinheiro é seu, como se você fosse o pai dando uma mesada, e que a outra parte tem que prestar contas de cada centavo.

Ou, você arruma essa matemática furada em que você ganha R$ 2.000 por mês e sua mina (ou cara) ganha R$ 1.200. Suas contas são R$ 2.400. Como ambos usam tudo em casa igualmente, vocês dividem tudo ao meio, R$ 1.200 para cada um. Agora ela não tem nada, e você tem R$ 800 sobrando, que você segura na frente dela, enquanto cheira vigorosamente as notas. "Mmmm... podes crer, adoro o suave aroma do meu querido dinheirinho. Aposto que você adoraria ter um pouco também..."



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Entretanto, honestamente, é bem engraçado se você fizer isso pelo menos uma vez.

Aí que o dinheiro destrói os relacionamentos. Quando você ainda está pensando em termos do que é seu e do que é dela, e quanto cada um "faz jus" em dinheiro ou em tarefas desagradáveis que precisam ser feitas. Enquanto você mantiver um score separado, você ainda não está pensando em vocês como um casal. Vocês são só colegas de quarto. Vocês precisam chegar ao ponto onde confiam um no outro para beber na mesma fonte, e se sua mulher diz que precisa de R$ 50 em (creme para polir vagina? Não conheço meus produtos femininos), você confia que ela está sndo responsável. E quando o seu trabalho traz algum extra em um certo mês, ambos decidem como vão gastá-lo. Mesmo que você tenha trabalhado extra para conseguir a grana. Se não for assim, tudo se torna uma luta.
 
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"Hmmm ... bem, eu paguei aquela puta ontem, mas pra ser justo, você comprou detergente semana passada."

 
Em nosso caso, quando Emily se mudou para cá, ela estava vindo de um estado bem longe. Quando ela chegou aqui, levou uns meses para arrumar um trabalho. Eu tive que segurar a onda pelos dois por um tempo. E, talvez por eu ter sido "carregado" várias vezes, não senti necessidade de manter uma planilha de controle, para saber o que ela me "devia". Eu sabia que ela iria fazer o mesmo se os papéis fossem invertidos. Cacete, os papéis podem mudar amanhã. E ela iria segurar a onda.

Mas assim que você entra nessa bobagem de quanto o outro "te deve", é uma espiral ralo abaixo. E, novamente, nem sempre o débito é em dinheiro, pode ser quem fez mais tarefas semana passada, ou quem troca mais fraldas, ou quem deixou de esganar quem quando esqueceram algo importante. Esqueça quem está com saldo, o fato de você estar mantendo escore significa que seu relacionamento já deu errado.

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"E com os pratos que lavei ontem estou dois pontos à frente. Ou seja, ganho bunda hoje a noite."

#1. Você finalmente entendeu o que "pra sempre" significa

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Meu casamento fracassado não começou com um gesto romântico ou uma proposta elaborada. Foi um ultimato. Ela mandou no seco, "se não nos casarmos até julho, vou seguir minha vida." Naquela época, eu não sabia o que "casamento" significava. Não de verdade. Para mim, era um anel e um pedaço de papel que dizia que estávamos oficialmente presos. Eu sabia que se não desse certo no primeiro ano, poderíamos pedir para anular. E se ficássemos mais tempo e não desse certo, já tínhamos ouvido falar de divórcio. Na verdade, sabíamos até que era bem comum. Entã lá fui eu. Fomos ao juiz e assinamos uns papéis. Pagamos uma taxa. Então fomos para o parque da cidade em ma cerimônia rápida onde quatro pessoas foram. E assim, estávamos casados. Dez anos depois, eu estava sentado desbundado, sozinho em meu novo apartamento, tentando imaginar o que deu errado.
 
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"O que diabos deu errado? E quem encolheu minha TV dos anos 80?"
 
Eu não era o tipo do cara que planejava com anos de antecedência, então nunca tive aquela idéia de "esta é a única mulher com a qual quero estar até o dia que eu morrer". Era só um próximo passo a se dar. Quando você fica com uma menina por um tempo, assina esses papéis e ela muda o nome dela.
 
Tente isto:
 
Imagine que o casamento não existe como instituição. Tipo, imagine que você não vive numa sociedade onde o tempo todo enchem seu saco por não "oficializar" as coisas. Imagine que essas pressões sociais sumissem, ninguém te perturbasse. Ainda assim faria a promessa de ficar com essa pessoa para sempre? Está se casando porque quer se casar? Ou só porque é o que as pessoas fazem? Uma surpreendente quantidade de casamentos acontecem pelo segundo motivo.


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"Só achei que fosse ficar bonita nesse vestido."
 
Cerca de um ano atrás, Emily e eu discutimos casamento e eu disse a ela que em circunstância alguma queria passar por tudo aquilo novamente. Passei por aquilo tudo, e não iria querer ligar com essa merda novamente. Não brigamos ou discutimos por isso, mas levou um tempinho em que eu não sabia se ela iria acordar uma manhã, pedir o chapéu e ir embora.
 
Mas ela não foi. Ela pensou alguns dias e me disse que ela estava planejando ficar comigo para sempre, independente de casarmos ou não. Ela respeitava meus sentimentos e aceitava minha decisão sobre o assunto.
 
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Ela nem tentou me dar um cruzado.
 
Ela me fez perceber que existe um compromisso tão profundo que algumas pessoas estão dispostas a honrar seus votos mesmo sem um papel e um sacerdote. E eu me sinto da mesma forma que ela se sente. Quer dizer, basicamente, me comprometi a nunca a trair. Já a amo, e sempre irei -- amor verdadeiro, honesto, não é algo que seca de um dia para o outro. Sempre cuidarei dela, não importa a circunstância. Estou preparado para passar o resto da vida com ela...
 
... Oh. Bem, acho que olhando por esse aspecto, fico meio que surpreso por ainda não estarmos casados a essa altura. Sou meio retardado de vez em quando.
 
Emily Clark, will you marry me?
 
Update: Ela aceitou. O que é um alívio, já que assim não precisarei sair no tapa com ela agora.

Fonte: http://www.cracked.com/blog/5-ways-you-know-its-time-to-get-married/

O que é a Macacosfera?


Por:  em 30 de setembro de 2007



"Uma morte é uma tragédia. Um milhão de mortes é uma estatística."
Kevin Federline

O que macacos tem haver com guerra, opressão, crime, racismo ou mesmo spam? Você vai ver que toda crueldade estúpida e aleatória no mundo fará todo sentido uma vez que nos aventuremos Dentro da Macacosfera.
"E o que raios é Macacosfera?"

Primeiro, imagine um macaco. Um macaco vestido de pirata, se te ajuda a imaginar. Vamos chamá-lo de Tampinha.

Imagina que Tampinha é seu bichinho de estimação. Imagine uma personalidade para ele. Talvez você e ele tenham aventurinhas de macaco pirata, e talvez até se juntem para combater o crime. Pense como você ia ficar triste se Tampinha morresse. 
Agora, imagine que você arruma outros quatro macacos. Vamos chamá-los de Tito, Bolinha, Marcel e TacaMerda. Imagine personalidades para cada um deles. Talvez um seja agressivo, um afetuoso, um é na dele, e o outro se limita a tacar merda o tempo todo. Mas são todos seus queridos amigos macacos..
Agora imagine cem macacos.
Mais difícil agora, não? Então, quantos macacos você precisaria ter para não lembrar mais os nomes de cada um deles? Em que ponto, na sua mente, seus amados bichinhos viram só um mar indefinido de macacos? Ainda que cada um deles seja tão macaco quanto Tampinha era, chega um ponto em que você nem se importa mais se um deles morrer.

Assim, quantos macacos leva para você não se importar mais? Isso não é uma pergunta retórica. Na verdade sabemos o número.

"Então essa história toda é só sua campanha contra a superpopulação de macacos? Vou castrar meu macaco hoje mesmo!"

Bem, não, vai ficar claro logo logo.
Veja só, cientistas de macacos fizeram um estudo de macacos um tempo atrás, e descobriram que o tamanho do cérebro do macaco determina o tamanho dos grupos de macaco que eles formam. Quanto maior o cérebro, maior as sociedades que eles criam.
Eles abriram tantos cérebros de macacos, na verdade, que eles descobriram que podem pegar um cérebro que nunca viram antes e dizer o tamanho das tribos que aquela espécie de animais formaria.
A maioria dos macacos formam tribos de mais ou menos 50. Mas quando deram a eles um cérebro um pouco maior, eles estimaram que a sociedade ideal para esse animal em particular seria cerca de 150.
Esse cérebro, claro, era humano. Provavelmente de um mendigo que pegaram na rua.
"Qual a novidade? Que humanos são a continuação dos macacos que Deus dirigiu com mais orçamento? Quem não sabia disso?"

O buraco é muito, muito mais embaixo. Vejamos um exemplo:
Um jornalista chamado Tim Russert conta uma historinha legal sobre seu pai, no seu livro  Big Russ and Me (o título é uma referencia a seu romance vai-não-vai com o ator Russell Crowe). O pai de Russert costumava separar meia hora para colocar em caixas qualquer vidro quebrado antes de jogar no lixo. Por que? Porque o "lixeiro pode se cortar."
Isso ser algo tão fora do comum ilustra bem meu argumento símio. Nenhum de nós passa tempo algum se preocupando com o bem estar do lixeiro, ainda que ele desempenhe um papel crucial em não vivermos em uma caverna dentro de uma montanha de nossos próprios dejetos. Não consideramos sua segurança e conforto, e se o fizermos, não será da mesma forma que nos preocupamos com nosso melhor amigo ou nossa esposa, namorada ou até mesmo nosso cachorro.

As pessoas atiram garrafas meio cheias de creolina direto na lata do lixo, sem se preocupar com o que aconteceria se o lixeiro deixasse aquilo cair nos seus olhos. Por que? Porque o lixeiro está fora da Macacosfera.
"Essa história novamente..."
A Macacosfera é o grupo de pessoas que cada um de nós, usando nossos cérebros de macaco, somos capazes de conceitualizar como gente. Se os cientistas de macaco estiverem certos, é fisicamente impossível para nós nos importarmos com um número muito maior do que 150.

Muitos de nós não tem espaço na Macacosfera para nosso amável funcionário de limpeza urbana. Assim, não o vemos como uma pessoa. O vemos como A Coisa Que Faz o Lixo Sumir.

Mesmo que você por acaso conheça e goste de um lixeiro em particular, em um ponto ou outro temos todos limites em nossa esfera de preocupação símia. Temos cada um de nós um certo círculo de pessoas que vemos como gente, geralmente nossos amigos e família e vizinhos, e aí então alguns colegas de classe ou de trabalho ou da igreja ou de algum culto suicida.

Aqueles que existem fora desse grupo central de algumas dezenas não são gente para nós. São como figurantes.

Lembra da primeira vez, quando criança, que você encontrou um dos seus professores fora da escola? Talvez tenha visto a tia Teteca comendo frango com a mão na padaria, ou tenha visto o diretor saindo de uma loja de vibradores. Lembra do sentimento surreal que teve ao ver que aquela gente tinha uma vida fora da escola?
Quer dizer, eles não são gente. São professores.
"E aí? Que diferença isso faz?"
Ah, não muita. É só a única razão pela qual a sociedade não dá certo.
É o seguinte: o que vai te atingir mais, seu melhor amigo morrendo, ou uma dúzia de crianças morrendo do outro lado da cidade porque o ônibus delas bateu num caminhão de abelhas assassinas? O que ia te deixar pior, sua mãe morrendo, ou ver no jornal que um terremoto matou 15.000 pessoas no Irã?
São todos humanos, e todos estão mortos do mesmo jeito. Mas quanto mais perto da Macacosfera, mais significam para nós. Exatamente como sua morte não significará nada para os chineses ou, sendo realista, para praticamente ninguém num raio de 30 metros de onde você está agora.

"Por que eu deveria me sentir mal por eles? Nem mesmo conheço essa gente!"
Exatamente. Isso está tão arraigado que mesmo sugerir que você deveria sentir suas mortes tanto quanto a do seu melhor amigo parece ridículo. Somos programados para ter dois pesos e duas medidas bem diferentes para gente dentro da nossa Macacosfera e para os outros 99,999% da população mundial fora dela.

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"Matei uns polícia. Matou alguém?"
"Uns polícia"
"Nenhuma pessoa de verdade?"
"Não, só polícia."
-Mr. Pink e Mr. White
Cães de Aluguel (1992)
Pense nisso na próxima vez que você for ficar puto no trânsito, quando você começar a distribuir dedo de piru e atochar sua cabeça na janela e gritar "APRENDE A DIRIGIR NESSA PORRA, VIADO!" Tente imaginar agir assim num grupo menor. Como quando está parado num elevador com dois amigos e um colega de trabalho, e o amigo vai apertar um botão e acidentalmente aperta o botão errado. Você por acaso iria se inclinar, sua boca dois dedos do ouvido dele, e gritar "APRENDE A USAR A PORRA DO ELEVADOR, VIADO!"?
Eles iam achar que você enlouqueceu. Todos nós enlouquecemos um pouco, entretanto, quando estamos num grupo maior que a Macacosfera. Por isso que temos aquele sentimento estranho de invencibilidade quando estamos no meio de uma multidão, xingando um jogador de futebol de um jeito que nunca faríamos cara a cara.

"Bem, eu sou legal com estranhos. Já imaginou que talvez você que seja um cuzão?"

Claro, você não se esforça para ser cruel com estranhos. Você não se esforça para ser cruel com cães de rua, também.

O problema é que eventualmente, as necessidades daqueles dentro da sua Macacosfera vão levar você a foder com aqueles fora dela (mesmo que o problema seja só descarregar a tensão gritando impropérios). É por isso que a maioria de nós nem imagina roubar dinheiro do nosso vizinho, mas não nos incomodamos de roubar sinal de TV a cabo, e celebramos em silêncio quando esquecem de cobrar algo no restaurante.

Você pode ter uma lista de desculpas longa o suficiente para dar a volta ao mundo, mas a verdade é que para nossos cérebros de macaco, a velhinha da casa ao lado é um ser humano, enquanto a empresa operadora de TV a cabo é só uma máquina grande, fria e sem rosto. Que a empresa é na verdade nada mais que um grupo de pessoas tão humanas quanto a velhinha, ou que alguma velhinha que de fato trabalha lá vai perder o emprego se muita gente piratear o sinal, raramente nos ocorre.

Isso é uma das coisas engenhosas nas grandes religiões, tocando no assunto. Os antigos escribas sabiam que é bem fácil transferir a pica para um estranho, logo nos ensinaram a ter uma idéia pessoal de Deus em nossas mentes que diz "não importa a quem você fira, estará na verdade ferindo a mim. Além disso, posso te esmagar como a um inseto." Admita que se eles não estavam escrevendo inspirados pelo Todo Poderoso, ao menos entendiam a Macacosfera.
Está por todo canto. Uma vez que você entende o conceito, você pode ver os exemplos ao seu redor. Você anda pelas ruas embasbacado, como Neo depois de sair da Matrix.
Mas espere, as coisas vão ficar muito, muito mais estranhas...
"Então quer dizer que a Macacosfera dita como o mundo funciona? Aliás, Matrix é uma merda."
Vai ligar o rádio. Olha os conservadores falando "dO Governo" como se ele fosse um grande dragão espreitando você, doido para abocanhar seu contracheque. Mas não esqueça que esse governo é feito de gente e que todo dinheiro que eles pegam vai para o bolso de seres humanos [N.T. acho que pensar isso, no nosso país, é ainda pior]. O apresentador Rush Limbaugh é famoso por dar gorjetas de 50% nos restaurantes, mas começa a espumar se metade desse valor em dinheiro for descontado de seu contracheque "pelO Governo". Isso independente do fato que esse dinheiro ajuda a mesma mãe solteira que ele não teve problema nenhum em dar gorjeta sendo ela garçonete.

Agora ouça um programa de esquerda e escute eles descreverem as "Corporações Multinacionais" nos mesmos termos diabólicos, uma força maligna que solta fumaça negra, envenena a água e escraviza a humanidade. Não é estranho que, digamos, um homem sozinho em seu porão que esculpe e vende brinquedos de madeira é um nobre que gosta de alegrar o natal, mas uma grande empresa de brinquedos (que leva brinquedos para milhões de crianças) é uma máquina inumana de cobiça? Estranhamente, se o tiozinho do porão fizer brinquedos o suficiente, contratar gente suficiente e fizer lojas o suficiente, vamos parar de vê-lo como um cara legal e começaremos a vê-lo como as fumegantes fábricas de Mordor.

E se você acabou pensando "bem, esses radialistas são um monte de narcisistas bitolados mesmo", você caiu no mesmo erro, transformou seres humanos reais em caricaturas bidimensionais. Não é surpresa nenhuma, você age assim com todos os seis bilhões de seres humanos fora da Macacosfera.
"Então eu tenho que me preocupar com seis bilhões de estranhos? Isso é impossível!"
Isso aí, não é possível. Esse é o ponto.
O que é difícil de intender é que é impossível para eles também se importarem com você.
É por isso que eles não se importam em roubar seu aparelho de som ou vandalizar sua casa ou cortar seu salário ou aumentar seus impostos ou bombardear seu prédio ou lotar seu computador de spam para dietas e tratamentos para aumentar o pênis que você sabe que não funcionam. Você está fora da Macacosfera deles. Na mente deles, você é uma forma indefinida com o bolso cheio de dinheiro esperando ser assaltado.
Pense em Osama Bin Laden. Pensou em um homem camuflado vivendo em uma caverna, planejando missões suicidas? Ou pensou em um homem que tem fome, e tem uma comida favorita, uma paixão de infância, tem pé de atleta, enxaqueca crônica, acorda de manhã com dureza matinal e adora volley?
Alguma coisa em você, agora mesmo, provavelmente se incomoda com isso. Você sente que é uma tentativa de simpatizar com um verme assassino. Não é estranho que apenas algumas características humanas aleatórias sobre ele imediatamente lhe pareçam uma tentativa de simpatizar? Isso o aproxima da sua Macacosfera, ele adquire mais dimensões.
Veja bem, o fato é que Bin Laden precisa tanto de uma bala na testa quanto aquelas caricaturas em camisetas fazem parecer. A chave para entender pessoas como ele, entretanto, é perceber que nós somos caricaturas na camisa dele.
"Então você está usando macacos para dizer que somos todos Osama Bin Ladens?"
Mais ou menos.
Ouça qualquer jovem nos seus 18 anos em seu primeiro emprego, dizendo como seu chefe o sacaneia, e como o governo o sacaneia mais ainda ("O que é FGTS?!?!" ele brada ao olhar seu primeiro contracheque).
Então veja o mesmo jovem no trabalho, onde ele deixa um hamburguer cair no chão, pega-a, e coloca-o no pão e serve-o a um consumidor.
Neste hamburguer reaproveitado está tudo que precisamos para entender esses políticos sem coração e os chefes corporativos. Eles o vêem exatamente da mesma forma que ele vê seus consumidores na fila do balcão. Ou seja, mal pensa a respeito.
Em ambos os casos, para o cara do hamburguer e para o cara a cargo da Exxon, passar o mês e pegar o contracheque é o que importa. Nenhum pensamento é dado à infelicidade gerada por fazer isso nas coxas (já ficou doente do estômago a ponto de sentir que o estômago vai virar do avesso pela boca?) Todos esses empregados ou consumidores simplesmente não cabem na Macacosfera.
O garoto vai reclamar dizendo que não precisa se importar com os consumidores enquanto vive de salário mínimo, mas a verdade é que se ele não sente empatia por seu próximo por 2400 reais ao mês [n.t: a gente é terceiro mundo mesmo...], não o fará por 50.000. Ou, vendo por outro lado, se nos for permitido sermos indiferentes ou mesmo rancorosos por 2400 reais ao mês [n.t: fuck...], imagine o quão revoltado seria permitido a um paquistanês qualquer ficar por 80 reais ao mês.
"Você usou a palavra 'macaco' mais de 50 vezes, mas o mesmo princípio dificilmente se aplica. Humanos já foram à Lua. Quero ver os macacos fazerem o mesmo."
Não importa, é só uma questão de proporção.
Existe uma razão pela qual o lendário macacólogo Charles Darwin e seu assistente, Jeje (pronuncia-se "hehe") Santiago deduziram que humanos e chimpanzés são primos evolucionários. Por mais sofisticados que sejamos (comparando nosso avançado sistema de esgoto com o sistema primitivo dos chimpanzés de manipular a merda com as mãos nuas), a verdade inevitável é que somos limitados da mesma forma por nosso hardware mental.
A diferença principal é que os macacos se contentam com pequenos grupos e raramente interagem com outros fora de sua panelinha de macacos. Por isso raramente travam guerras, embora quando o façam imaginamos que seja hilário. Humanos, entretanto, querem carros, óleo e bens de qualidade fabricados pela 3M, video games japoneses, internets mundo afora e, mais importante, governos. Todas essas coisas requerem grupos maiores que 150 pessoas para funcionarem adequadamente. Assim, constantemente nos vemos lidando com grupos maiores do que nosso cérebros primatas são capazes de lidar.
Aí começam os problemas. Como uma frágil pirâmide humana, estamos ao mesmo tempo apoiando e nos ressentindo uns dos outros. Resmungamos em alto e bom som sobre nosso trabalho como um rosto anônimo numa linha de montagem, ao mesmo tempo em que dirigimos um carro que somente uma linha de montagem poderia ter produzido. É uma contradição constante que nos deixa putos e nos leva a entrar para grupos informais de luta em porões.
Por isso eu acho que foi com uma grande tristeza quando Darwin virou para seu assistente e lamentou, "Jeje, nós somos os macacos."
"Oh não, você não meteu essa, né?"
Se você pensar a respeito, nossa sociedade inteira evoluiu em torno das limitações da Macacosfera. Existe uma razão pela qual todas as nações obesas com as maiores SUVs com as rodas 22'' mais brilhantes têm todas democracias representativas (onde você vota para que alguém governe para você) e são todas, em algum grau, capitalistas (onde as pessoas compram as coisas e ficam com parte do que ganham).

Acima: Democracia
Uma democracia representativa permite que um pequeno grupo tome todas as decisões, enquanto deixa que nós, pessoas comuns, nos sintamos fazendo alguma coisa ao irmos às urnas a cada dois anos e apertando botões que, na verdade, têm o mesmo efeito que aquele que controla a intensidade da sua torradeira. Podemos nos sentir simultaneamente em controle e contidos o suficiente para não causar nenhuma baderna real quando nos entregarmos a nossas histerias de macaco ("Uma mulher mostrou os peitos no Super Bowl! Queremos uma proibição de peitos e futebol imediatamente!")
Da mesma forma, algumas pessoas no passado distante ingenuamente pensaram que podiam juntar os milhões de macacos e dizerem "Beleza, todo mundo pegue uma banana, traga aqui, e nós as distribuiremos com uma fórmula complexa determinando a necessidade de bananas! Agora vão pegar bananas pelo bem da sociedade!" Para os macacos foi um desastre confuso e cômico. Mais tarde, um cara muito mais realista sentou os macacos e falou "Querem bananas? Cada um pega a sua. Vou tirar um ronco." Esse cara, claro, foi o filósofo alemão Hans Capitalismo.
Contanto que todo mundo pegue suas bananas e as divida com os poucos na sua Macacosfera, o sistema vai funcionar mesmo quando ninguém estiver tentando fazer ele funcionar. Assim talvez seria como Ayn rand teria dito, não fosse ela uma piranha amargurada.
Aí então, em algum momento do século III, o filósofo francês Pierre "Baguete" LaFrance inventou o racismo.

Acima: os franceses
Essa foi uma forma de simplificar o mundo, muito complexo para o cérebro dos macacos, ao imaginar que todas as pessoas de uma certa raça são a mesma pessoa, pensando que todos têm as mesmas atitudes, maneirismos, preferências gastronômicas e gosto para roupas. Meio que funciona, contanto que imaginemos essa pessoa como uma boa pessoa ("Esses asiáticos são tão esforçados, precisos e educados!"), mas quando começamos a vê-los como todos sendo um puta cuzão (os franceses, ironicamente) nossa felicidade de macaco novamente vai pelo ralo.
Não é tudo culpa dos franceses. A verdade é, todos esses sitemas de gerenciamento de macacos vão só até certo ponto. Por exemplo, hoje um em cada quatro americanos tem algum tipo de problema psicológico, geralmente depressão. Um em cada quatro. Assista a um jogo de basquete. As chances são que ao menos duas daquelas pessoas na quadra seja mentalmente problemática. Olhe em volta na sua casa. Se todo mundo parece bem, é você.
É alguma surpresa? Você liga a TV e te um especial sobre a epidemia de obesidade. Você tem sobre seus ombros essa preocupação de milhões de outras pessoas comendo demais. O que exatamente você deve fazer sobre os maus hábitos de 80 milhões de pessoas que você nem conhece? Você assumiu o fardo gorduroso de todas essas pessoas fora da Macacosfera e agora carrega esse peso inútil de preocupação como, tipo, um animal inútil nas suas costas.
"Então exatamente o que devemos fazer sobre tudo isso?"
Primeiro, se policie para desconfiar toda vez que ver simplicidade. Qualquer declaração que o problema é simples deve ser tratada como se fosse uma declaração de que o problema é o Pé Grande. Simplicidade e o Pé Grande são encontrados na natureza mais ou menos com a mesma frequência.
Assim, rejeite o pensamento binário de "bom versus mal" ou "nós contra eles". Saiba que problemas não podem ser resolvidos com slogans inteligentes ou programas passo-a-passo simplistas.
Você pode chegar lá seguindo o simples passo-a-passo a seguir. Gostamos de nos referir a esse plano como plano TENTA, MANÉ:
Primeiro, IDIOTA COMPLETO. Ou seja, aceite o fato que VOCÊ É UM. Todos nós somos.
Aquela pessoa insuportável que você conhece, a que está sempre vomitando bobagens, a pessoa que pensa que está sempre certa? Bem, provavelmente para alguém você é essa pessoa. Assim, pegue o que você acha que sabe, diminua 99,999%, e aí então você talvez tenha uma ideia do quanto você sabe das coisas fora da sua Macacosfera.
Em segundo lugar, ENTENDA, não existem Supermacacos. Só Macacos. Aqueles caras que você vê na TV, dando palestras motivacionais, ensinando você a como atingir seu potencial e se tornar rico e bem sucedido como eles? Sabe como eles ganham dinheiro? Dando palestras. Na maior parte do tempo, a única coisa que eles fazem bem feito é convencer as pessoas que eles fazem tudo bem feito.
Não, o princípio da estupidez estabelecido no item 1 ainda se aplica aqui. Não finja que políticos deveriam ser imunes a todas as idiotices canhestras que fazemos no nosso dia a dia, e não caçoe e acuse o pregador pego em vídeo cheirando cocaína do rego de uma prostituta. Um bom exercício é imaginar seu herói -- seja lá quem for -- desmaiado no quintal, pelado da cintura pra baixo. As chances são de que tenha acontecido algum dia. Até Gandhi deve ter tido quartos de hotéis e putas mortas no seu passado.
E nem pense em ignorar o conselho de alguém só porque a fonte gosta de cheirar uma branquinha de vez em quando. Somos todos membros de uma espécie diversificada de hipócrita (ou você contou na sua entrevista de emprego que uma vez ligou pra dizer que estava doente e poder melhorar seus status em World of Warcraft?) Não use os vícios dos seus heróis como desculpa para aloprar.
E finalmente, NÃO PERMITA QUE NINGUÉM simplifique as coisas para você. O mundo não pode ser simplificado. Qualquer um que tenta pintar o quadro em que vivemos com lápis de cor está provavelmente tentando manipular você.
Assim sendo, lembre-se: TENTA, MANÉ. Vão e espalhem as boas novas, cavalheiros. Cópias de nosso livro estão disponíveis na saída.

David Wong é o editor do site Cracked.com e autor do terror permeado de piroca John Dies at the End .


Fonte: http://www.cracked.com/article_14990_what-monkeysphere.html
Outra fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Dunbar%27s_number

domingo, 3 de junho de 2012

As cinco razões pelas quais casamentos apavoram os homens (e não são as que você pensou)

Como sou completamente inepto, decidi, ao invés de criar conteúdo original, traduzir o trabalho de outra pessoa. Eis aí a tradução mais porca que consegui:

As cinco razões pelas quais casamentos apavoram os homens (e não são as que você pensou)

Por:
05 de janeiro de 2012

Após dois anos de deixar claro para minha namorada que "nós nunca vamos nos casar", eu a pedi em casamento . Tive meus motivos para ter demorado tanto, mas nenhum deles caía no estereótipo firmado por revistas e sitcoms (que podemos resumir em "Ele está se divertindo muito galinhando por aí e não quer se comprometer").

Na verdade, tenho quase certeza que essas pessoas que escrevem sitcoms, comerciais e filmes sobre despedidas de solteiro não tem idéia nenhuma de como relacionamentos reais entre serems humanos funcionam. Assim, para as mulheres que foram condicionadas a acreditar que nós homens temos medo de nos comprometer porque não queremos perder o nosso lugar no "Bonde da Putaria de Sábado à Noite", permitam-me dar as razões reais pelas quais casamento assusta os homens:

#5. Somos bombardeados com mensagens anti-casamento


Não consigo lembrar de muitos comediantes que não tenham caçoado casamentos de forma negativa. Acho que o mais famoso foi Sam Kinison [N.T.: tipo um cruzamento de Martinho Lutero com Satanás], que esteve em tantos relacionamentos fodidos, que fez de seu objetivo "salvar" outros homens disso.
Reconheço que o cara abordava o assunto de forma realmente engraçada, mas então cada comediante que já subiu num palco decidiu apresentar sua versão, e antes que percebêssemos, o meio estava completamente saturado de "Sabe o que é ruim no casamento?" Não, engraçadinho do palco, o que é tão ruim? O sexo pára? Aposto que ele vai falar que o sexo pára. Já que tocou no assunto, qual sua opinião sobre sua sogra?
Ouvi a piada do "comer a mesma mulher pelo resto da vida" desde antes de saber o que ela significava. Olha só -- o Vince Vaughn tá contando uma piada que ouvi tantas vezes, que minha reação é praticamente uma forma de bulimia.
O ponto é, quando você está imerso numa mesma mensagem tempo suficiente, é fácil começar a acreditar nela. E essa mensagem está em todos os lugares. Do melhor amigo cliché na sitcom que surta quando descobre que seu amigo ficou noivo, até queridos comediantes que de fato são casados, como  Chris Rock, falando como é chato e sem sexo .
Não que não seja engraçado. Um dos meus programas favoritos, Mr. Show , tratou do assunto muito bem . Mas após uma vida inteira trabalhando na peixaria, é impossível não ficar fedendo.
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Mmmmm ... casamento.
Isso pode parecer meio ilógico para você, e é perfeitamente compreensível. Muito mal faz sentido pra mim, e sou eu mesmo um homem. Mas é a realidade, sem besteiras de revista. Temos medo de casamento porque fedemos a peixe morto.

#4. Casamentos ridiculamente caros e extravagantes


Os homens não são totalmente alheios à idéia de casamento. Entendemos que é importante não só para o casal, mas também para suas famílias. Nosso casamento é uma união entre dois grupos de pessoas, e sim, eles merecem testemunhar tal cerimônia. Também entendemos que esses convites são mais do que um pedaço de papel dizendo onde e quando será realizado o evento. É dizer para pessoa, "Você é importante o suficiente para mim que eu quero que você esteja na celebração". E para qualquer um que não tenha recebido; "Você é uma vergonha do caralho para nós, e não que você chegue nem perto nesse dia". Entendemos isso, e aceitamos numa boa.
Mas cada vez que adicionamos mais um nome nessa lista, podemos ouvir nossa conta bancária indo direto do tilintar de moedas entrando no cofrinho para aquele peido que uma bola de gás faz quando esvazia.
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"Deixa quieto, camarada. Você está tentando salvar o barco drenando o oceano."
  O custo médio de um casamento nos EUA é US$ 27.000 [N.T: no Brasil um casamento equivalente seria uns R$ 28.000,00]. Isso desconsiderando a lua de mel - o cálculo é só para a cerimônia e recepção. Isso é porque em cada filme, cada programa de TV, cada revista, a mensagem é bem clara: um casamento precisa ser extravagante à ponto de evaporar o salário de um ano inteiro. Até o casamento mais simples mostrado nos filmes é algo que custaria uns cinco dígitos na vida real. Virou uma necessidade. Uma outra parte do ritual de casamento. O fato de existir uma profissão para planejar casamentos é uma prova disso.
Homens, por outro lado, se sentem fracassados se não puderem  bancar esse tipo de cerimônia. Mas isso entendendo que é uma faca de dois gumes, pois se por um lado você não puder bancar um casamento que a faça se sentir parte da realeza, você não está à altura do que se espera. Se ao invés você vai lá e banca, acabará ficando com uma dívida equivalente à de um carro zero -- você fracassou como um provedor responsável.
Ah, peraí. O pai da noiva deveria pagar tudo, não?

Aqui no interior do meio-oeste [N.T: chutaria que é o equivalente a Goiás. Eca!], US$ 27.000 é mais do que muita gente consegue num ano inteiro. Pedir a aprovação do pai da moça para o casamento já é difícil o bastante -- mas pedir a ele que gaste grana suficiente para ir morar na casa de onde  Courtney Love foi despejada recentemente ? Que tipo de cojones você precisa pra isso?
Não, os dias do pai da noiva pagando pelo casamento acabaram. . Especialmente numa economia onde as pessoas precisam cortar gastos só para continuarem com a cabeça pra fora d'água. Despejar dezenas de milhares de dólares numa cerimônia de um dia não é só irresponsável, é impossível para a pessoa comum sozinha. E cada outra besteira que ouvimos sobre outros casamentos só servem para nos arrepiar mais.
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"Pois é, vai rindo. Vou querer a portinha de trás depois disso."
Recentemente, um dos colegas de trabalho de minha noiva contou a ela de uma boa maneira de diminuir os preços é tentar "decorações alternativas". Por exemplo, ao invés de comprar um candelabro de prata esterlina da Unity Candle (o diabo que for isso), ela e o marido optaram por areia de duas cores numa jarra. Dessa forma, fizeram o mesmo gesto simbólico, e conseguiram um belo souvenir. A areia custou só $50. A jarra foi $100.
Peraí, cinquenta paus no raio da areia? Cem pratas numa jarra?
Veja, histórias assim nos assustam. Nós homens não precisamos ou queremos o grande, espalhafatoso espetáculo de casamento em si. Queremos porque sabemos que vocês querem, e você merece ser posta num pedestal. Sabemos que esse dia é para você. Mas o mero pensamento de todo esse dinheiro sumir em uma cerimônia de 30 minutos e duas horas de festa parece... estupidez para nós.

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"Isso aí dá $200. E não tem problema nenhum nisso."

#3. Comparamos nossos novos relacionamentos com os antigos


Uma das principais razões apontadas para nós homens temos medo de casamento é provavelmente aquela perpetuada por revistas como Cosmopolitan ou programas como Guy Code da MTV, que de tão ruim pode te passar clamídia. Eles insistem que nós homens temos medo não só de casamento, mas como da idéia geral de compromisso. De acordo com eles, nós queremos comer cada mulher que vemos, cada segundo do dia, e nos comprometer com uma pessoa só acaba com essa possibilidade.
Poe mais que eu admita que existam homens assim no mundo, você precisa entender que eles são apenas uma percentagem pequena da população masculina. É um tipo de personalidade que a indústria do entretenimento acha fascinante, logo eles se focam nela... e não podemos culpá-los. Quem quer ver um reality show sobre um cara normal, sem graça, não comendo ninguém por seis meses?
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"Essa semana, em Steve ..."
O cara médio não tem uma fila de mulheres sentadas ao lado do telefone, apenas esperando que ele ligue para que elas sejam agraciadas com sua espada da justiça. Não, a verdade por trás do nosso medo é muito menos estúpida.

Homens são criaturas de hábitos. Gostamos de encontrar uma rotina legal e confortável e nos manter nela. O problema é que após anos construindo nossos padrões, acabamos por esperar certos eventos inevitáveis num relacionamento. Obviamente nunca tivemos uma que tenha dado certo, pois se tivéssemos, nunca teríamos achado você -- nós ainda estaríamos com uma de nossas ex-namoradas.
Assim com o tempo, aprendemos que o padrão de todo relacionamento é "conhecer, namorar, comprometer, terminar". Ainda que não seja um pensamento consciente, no topo do neocortex, ainda está lá. Por causa disso, a simples ideia de casamento nos soa estranha. Não estamos pensando em casamento como "nos comprometer a ficar juntos para sempre". Estamos pensando, "isso não vai tornar o eventual término mil vezes pior?"

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"É ... é por causa do meu suéter?"
Não me entenda mal -- não andamos por aí, planejando um término. Longe disso. Apenas ficamos condicionados a aceitar que X + Y = Z ...  onde tanto X quanto Y é igual a "sexo seguido de término." E Z também é "sexo seguido de término."
Adicionar casamento a essa fórmula parece uma camada extra de complicação que torna muito mais difícil decidir quem leva o Xbox quando formos separar nossos trapos.
E não é como se todos os nossos relacionamentos passados tenham sido pensados como aventuras de verão. Todos começaram com as melhores intenções, exatamente como com você. Mas com o tempo, as coisas vão acontecendo. A etapa da novidade acaba. Pessoas perdem o amor. Você descobre que a mulher que está com você gosta de vestir a pele das rivais. Ou você descobre que suas manias a fazem te enxergar como o irmão de 14 anos dela. Minha ex mulher e eu não percebemos que não servíamos um para o outro até uma década e três crianças depois de termos juntado os trapos. E isso levando em consideração que nos esforçamos para dar certo.
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Talvez eu tenha exagerado um pouco.

#2. Divórcio é assustador


Não dá pra evitar divórcio. Mesmo que nunca passe por ele, você ainda o vê em todo canto. Minha mãe se divorciou e casou de novo tantas vezes, que eu realmente perdi a conta. Até hoje, não lembro o sobrenome do terceiro marido dela. Meu pai passou pela mesma coisa. A maioria dos meus amigos na escola veio de casamentos desfeitos. Na minha família extendida, consigo pensar em cinco casais que ainda estão em seu primeiro casamento.

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Alguns tem motivos melhores do que outros.
Não dá para passar pela vida sem testemunhar, em primeira mão, o inferno brutal de uma separação desse nível. Vemos o que causa às crianças no fogo cruzado. E aos amigos forçados a escolher um lado. E familiares, que se afeiçoaram à pessoa que vai embora, e agora precisam evitá-los pelo bem do seu parente de sangue. E ainda tem a mídia fazendo as estatísticas.

Está nos telejornais. Nas propagandas políticas, com sermões de que o país precisa voltar para os "valores antigos da família". Está nos jornais, nas aulas de sociologia e nas conversas de corredor no trabalho. Tenho certeza de ter visto minha filha de 6 anos brincar de "advogada de família" no último fim de semana, embora possa muito bem ter sido uma extensão de sua brincadeira normal de "Delegacia da Mulher". É difícil ver a diferença -- tudo fica igual depois de um tempo.
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"Meritíssimo, gostaria de apresentar nova evidência, os restos mortais das vítimas ao vivo e em cores."
A estatística que mais ouvimos diz que 50% de todos os primeiros casamentos terminam em divórcio. Se você casa novamente, os números são ainda mais deprimentes: 60-67 porcento. Terceiro casamento: 70-73 porcento. Imagino que na quarta vez que você sobe ao altar seu corpo deve entrar em combustão espontânea quando diz "aceito."
Após ouvir essas estatísticas, tendemos a juntar tudo no balaio de "eventual término" que mencionei antes. E infelizmente, nossos medos se sustentam por números convincentes: estamos condenados ao fracasso no momento que noivamos. Homens não discutem com a matemática. A matemática joga sujo. Ela repete a primeira e multiplica pelo inverso da segunda.
Assim, já entrando num relacionamento esperando que as coisas dêem errado, olhamos para o futuro e vemos ainda mais estatísticas macabras. Se tivermos filhos, podemos nos despedir deles quando o divórcio sair. As mães conseguem a guarda 84% das vezes. Se tiver pensão envolvida, provavelmente seremos nós a pagar -- 97% das pensões são pagas pelos homens.
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"Aqui está. Me certifiquei de primeiro limpar o rabo com ela."
Agora, obviamente, algumas dessas estatísticas são distorcidas, e a razão por trás delas é bem lógica. Como o próprio artigo destaca, os homens em média ganham cerca de 25% mais que as mulheres de mesma idade. E quanto à custódia dos filhos, 77 % dos homens sequer deseja a guarda total dos filhos. Mas não vemos essa parte. Vemos só os negros e sombrios números anunciando o fim de nossas vidas financeiras, e vemos o reflexo disso demonstrado na vida real todo dia.
Assim, como lidamos com essa situação? Evitamos o problema todo ficando o mais longe do casamento quanto for possível. Não viraremos uma dessas estatísticas se ficarmos fora do grupo que estão estudando.

#1. Perda do poder


Homens, como muitos outros animais, são territorialistas. A porra do apartamento é nosso. A bagunça é a nossa bagunça. O caos sobre nossa escrivaninha é exatamente do jeito que o queremos. Ninguém pode nos dizer o que fazer -- colocamos pôsteres do Wolverine na parede, e puta merda, ninguém pode nos forçar a tirá-los. Nem Wolverine em pessoa.

Adicione uma mulher à receita, e subitamente nossos lençóis precisam ser lavados mais do que uma vez por ano. O cobertor pendurado na janela precisa ser trocado por uma cortina de verdade. Cuecas não vão mais para o chão. Vai para o cesto. Peraí, que mané cesto, e de onde saiu isso?

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"Ei, o que você está fazendo com meu mofo?!"
Mas não é só sobre a limpeza -- tem muito homem por aí que é meticuloso no asseio de seus lares. Mas mesmo nos diferentes estilos de vida, a mesma menssagem se aplica: "É meu. Não mete a mão." Enxergamos o toque feminino na decoração como emasculatório, e isso nos assusta.

Após minha noiva se mudar para cá, levei mais de um ano para parar de chamar nosso canto de "meu apartamento." E eu nem sou uma pessoa muito materialista ou egoísta. É só que o homem comum tem problema em aceitar a idéia de "dividir tudo igualmente". Ainda pensamos no dinheiro do meu trabalho como "meu contracheque", por mais que (como mencionamos em outro artigo) ambos estejam dividindo todas as despesas e altos e baixos juntos.
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"Mmmmm ... de uma coisa eu sei. Esses aqui nunca vão cheirar como seus dedos."
Mas o que mais nos assusta é ver nossos amigos casados, e entender errado as reações do marido à questões que antes não pensava duas vezes. Quando perguntamos se ele topa ir tomar umas cervejas com a gente, e ele fala "Claro, mas deixa eu confirmar com a patroa rapidinho", o vemos como um prisioneiro. Como se tudo precisasse de uma permissão da mãe substituta.
Não vemos a questão como ela realmente é: uma simples cortesia. Certificar que nenhum de vocês têm planos anteriores. Ou que vocês tem orçamento para isso. Ou que não tem nada com as crianças que dependa de você. Não, ao invés caçoamos dele. "Claro, claro, vai pedir pra sua mamãe, enquanto eu fico aqui me divertindo feito um homem de verdade."


Nos ver nessa situação é como imaginar o resto de nossas vidas de volta ao que éramos com seis anos. Vivendo nossas vidas como outras pessoas mandavam.
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"Ela ... não deixou."
Mas por mais irracionais que esses medos lhe pareçam, ao menos eles são honestos, ao invés da ideia de algum produtor babaca descrevendo o que ele acha que um cara normal pensa (provavelmente baseado no que eles viram na TV quando eram crianças). E se você por acaso estiver num relacionamento com um desses raros caras do tipo "casamento empata minha foda", provavelmente é uma boa idéia reavaliar seu gosto para homens. Um zé ruela como esse não te merece pra começo de conversa.
Para mais do Cheese, veja 5 Vacilos dos Seus Pais que Você Odeia (Até Virar um) e 5 Causas Inesperadas de Conversas Constrangedoras com Seus Filhos .

Roubado de www.cracked.com